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Plano de Parto Mas afinal o que é plano de parto? O Plano de Parto é um documento feito pela gestante, no qual fica registrado por escrito tudo que ela gostaria ou não gostaria na assistência médica hospitalar, em relação ao trabalho de parto, parto, primeiros cuidados com o recém-nascido e pós parto imediato. O ideal é que seja feito e analisado em conjunto com a equipe médica (Obstetra/Pediatra/Neonatologista) que irá proceder a assistência médica no momento do parto. Bem como certificar se que a maternidade em que ocorrerá o parto pode lhe oferecer toda essa assistência. Converse durante o pré-natal com o obstetra/pediatra/doula/enfermeira... tenha boas informações baseadas em evidências científicas atualizadas...visite a maternidade e conheça a sua rotina... Mais do que um documento impresso, o plano de parto, te faz compreender as fases do parto e suas possíveis, desejadas ou necessárias intervenções e lhe garante que determinadas condutas indesejadas não sejam realizadas, visando sempre o bem estar da mãe e do bebê. É uma das recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para melhorar, no mundo todo, o nível do atendimento oferecido às parturientes e recém-nascidos. Segundo diretrizes do MS (Ministério da Saúde) sobre pré-natal e parto, cabe aos profissionais de saúde perguntar se a gestante tem um plano de parto escrito, analisa-lo junto em conjunto, levando em consideração a viabilidade (local de assistência, limitações físicas e de recursos, disponibilidade de certos métodos e técnicas) Portanto, a equipe médica deve, por lei, analisar o plano de parto com a gestante, contudo, fica a critério médico, tomar decisões finais sobre a forma mais segura de conduzir o parto...e sempre, que possível, sendo explicado ao casal a necessidade da intervenção e suas possíveis alternativas. Deve ser assinado pela gestante ou casal, obstetra e pediatra. Lembre se: O parto é um processo natural e fisiológico, que tem suas fases...é necessário conhecer essas fases para saber o que esperar em cada momento e principalmente as intervenções que possam ser necessárias, desejadas ou indesejadas. Você pode ter voz...humanização...autonomia no seu parto!!! Conhecimento...faz toda a diferença!!! Conheça as orientações da OMS para os cuidados no trabalho de parto e parto normal (considerando mães e fetos/recém nascidos saudáveis) de acordo com a publicação “Intrapartum care for a positive childbirth experience - 2018” É fundamental para a elaboração de um plano de parto coerente com a intenção de prover o melhor para a mãe e para o bebê. A medicina baseada em evidências científicas vem demonstrando que podemos fornecer uma assistência menos intervencionista, mais respeitosa e dentro dos critérios éticos da autonomia, mantendo ou melhorando os resultados perinatais. Segundo a OMS: Condutas que são claramente úteis e que deveriam ser encorajadas - Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher durante a gestação, e comunicado a seu marido/ companheiro e, se aplicável, a sua família. - Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliando a cada contato com o sistema de saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto. - Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao término do processo do nascimento. - Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto. - Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações. - Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher se sentir segura e confiante. - Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto. - Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto. - Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto. - Oferecer às mulheres todas as informações e explicações que desejarem. - Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento. - Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente. - Usar materiais descartáveis ou realizar desinfeção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de parto e parto. - Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação (expulsão) da placenta. - Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto. - Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto. - Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto, por exemplo pelo uso do partograma da OMS. - Utilizar ocitocina (hormônio que provoca as contrações do útero) profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue. - Esterilizar adequadamente o corte do cordão. - Prevenir hipotermia (baixa temperatura) do bebê. - Realizar precocemente contato pele a pele - Vitamina K 1 mg IM no bebe após o nascimento - Clampeamento tardio do cordão umbilical - Banho do recém nascido após 24 horas de vida - Mãe e bebe devem não devem ser separados e permanecer no mesmo quarto - Apoio ao início da amamentação na primeira hora do pós-parto - Examinar rotineiramente a placenta e as membranas. Após parto normal sem complicações, deve se manter observação e cuidados de mãe e bebe por ao menos 24 horas Condutas claramente prejudiciais ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas - Uso rotineiro de enema (lavagem intestinal). - Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos. - Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto. - Inserção profilática rotineira de cânula intravenosa. - Uso rotineiro da posição supina (deitada) durante o trabalho de parto. - Exame retal. - Uso de pelvimetria radiográfica (radiografia da pelve). - Administração de ocitócicos (ocitocina ou derivados) a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser controlado. - Uso rotineiro da posição de litotomia (posição ginecológica, deitada com as pernas elevadas por apoios) com ou sem estribos durante o trabalho de parto e parto. - Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo. - Massagens ou distensão do períneo durante o parto. - Uso de tabletes orais de ergometrina (medicamento que provoca a contração do útero) na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias. - Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação (expulsão da placenta). - Lavagem rotineira do útero depois do parto. - Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto. Práticas em relação as quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com cautela até que mais pesquisas esclareçam a questão - Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimulação nervosa. - Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto. - Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto. - Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto. - Manipulação ativa do feto no momento de nascimento. - Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação. - Clampeamento (uso de grampo para interromper o fluxo sanguíneo) precoce do cordão umbilical. - Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação. Condutas frequentemente utilizadas de modo inadequado - Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto. - Controle da dor por agentes sistêmicos. - Controle da dor através de analgesia (anestesia) peridural. - Monitoramento eletrônico fetal - Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto. - Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços. - Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina. - Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto. - Cateterização (introdução de sonda) da bexiga. - Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria mulher sinta o puxo involuntário. - Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto. - Parto operatório (cesariana). - Uso liberal ou rotineiro de episiotomia (corte na região vaginal). - Exploração manual do útero depois do parto. Sugestões para um modelo de plano de parto baseado nas recomendações acima Geral Presença de acompanhante (garantido por Lei Federal n. 11.108 de 2005) Presença de doula, enfermeira, fotografa Local de parto Responsável pelo atendimento (plantonista ou equipe contratada de escolha) Seu posicionamento em relação às intervenções no trabalho de parto como: Tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) Enema (lavagem intestinal) Soro com ocitocina ou outros hormônios de indução do parto Ruptura artificial da membrana amniótica (bolsa amniótica) Liberdade de alimentar-se e beber líquidos Liberdade de movimentar-se Liberdade de posição para o trabalho de parto e nascimento Alívio da dor – farmacológicos e não farmacológicos Banhos e utilização de banheira Monitoramento do coração do feto – Intermitente ou não Situações inesperadas – mãe e bebe... Ser consultada em intervenções não esperadas (gestante ou casal) Seu posicionamento em relação às intervenções no parto (expulsivo e nascimento do bebê): Posição para o bebê nascer Episiotomia (corte no períneo) Dequitação da placenta... Seu posicionamento em relação às intervenções no recém-nascido: Golden hour (independentemente da via de parto) – pele a pele, amamentação na 1ª hora, não ser ofertado fórmula infantil Contato pele a pele Amamentação no pós-parto imediato Alojamento conjunto Aspiração das vias aéreas e gástrica Banho no bebê – após 24 horas de vida ou antes Colírio nitrato de prata 1% Administração de vitamina K – 1 mg IM Administração de vacinas Triagem neonatal Procedimentos no recém nascido Seu posicionamento quanto a aspectos pessoais: Iluminação ambiente Temperatura Músicas Apoio e palavras de incentivo Imagens (autorização) Deve constar a assinatura da gestante ou casal, obstetra e pediatra/neonatologista. Com carinho, Dra. Lu Cruz - Pediatra CRM SP: 95072 RQE: 89764 Fontes: WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018. 2. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal: relatório. Brasília. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, CONITEC; 2016. 3. Intrapartum care for healthy women and babies: Clinical guideline. London. National Institute for Health and Care Excellence (NICE); 2014 4. Ministério da Saúde 5. Febrasgo 
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